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A cidade de Porto Velho e o desafio da expectativa de vida

Confira o editorial


Porto Velho enfrenta um desafio alarmante: é uma das cinco capitais brasileiras com menor expectativa de vida, segundo um estudo recente do Instituto Cidades Sustentáveis. Para contextualizar ainda mais essa situação, a idade média de um porto-velhense ao morrer é de apenas 61 anos. Esses dados são um claro sinal de que é urgente tomar medidas para reverter essa realidade preocupante.

Esse índice é um indicador essencial que atesta a qualidade de vida de uma população, refletindo não apenas questões de saúde, mas também socioeconômicas, ambientais e de infraestrutura que influenciam diretamente o bem-estar das pessoas. Em Porto Velho, diversos fatores contribuem para a queda na expectativa de vida.

Um dos principais desafios é o acesso à saúde. A falta de estrutura adequada, a escassez de profissionais qualificados e as dificuldades de acesso aos serviços básicos de saúde são problemas persistentes na cidade. É fundamental que o poder público invista em melhorias na rede de saúde, garantindo um atendimento eficiente e acessível a todos os cidadãos, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

Além disso, a promoção da saúde preventiva deve ser prioridade. Campanhas educativas, programas de prevenção de doenças e incentivos à adoção de hábitos saudáveis são medidas essenciais para elevar a qualidade de vida da população e aumentar sua expectativa de vida. Investir em saneamento básico, acesso à água potável e políticas de combate à poluição também são passos fundamentais para melhorar as condições de saúde da população.

Outro aspecto crítico a ser considerado é a desigualdade social. Porto Velho enfrenta grandes disparidades socioeconômicas, o que se reflete na saúde e na expectativa de vida das pessoas. O poder público deve implementar políticas de inclusão social, combate à pobreza e geração de emprego e renda, visando reduzir as desigualdades e promover um desenvolvimento mais justo e equitativo.

É importante também abordar os desafios ambientais que afetam a qualidade de vida na capital de Rondônia. O desmatamento, a poluição do ar e da água e as mudanças climáticas têm impactos diretos na saúde da população e contribuem para a redução da expectativa de vida. É necessário adotar medidas efetivas de preservação ambiental e de mitigação dos impactos ambientais, garantindo um ambiente saudável e sustentável à população.

Diante desse cenário preocupante, o poder público tem um papel crucial a desempenhar na reversão dessa situação. É fundamental que haja um compromisso real com a melhoria da qualidade de vida da população, com investimentos concretos em saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente. Além disso, é necessária uma maior integração entre os diferentes órgãos e setores da administração pública, bem como uma maior participação da sociedade civil na definição e implementação de políticas públicas.

A situação da expectativa de vida em Porto Velho é grave, mas não é irreversível. É preciso agir com determinação e urgência para enfrentar os desafios e construir uma cidade mais saudável, justa e sustentável para todos os seus habitantes. Cada vida perdida precocemente é uma tragédia que poderia ter sido evitada com políticas públicas adequadas.

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