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Se picar é uma necessidade das cobras, [...] resolver problemas é uma obrigação para os humanos

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Acelerando contra o crime

Se picar é uma necessidade para as cobras e rugir é próprio das feras, resolver problemas é uma obrigação para os seres humanos. Dois dos mais preocupantes desafios atuais da humanidade em geral e da Amazônia em particular são a criminalidade, que emprega forças crescentes para garimpar, desmatar e traficar, e o risco de destruir o futuro derrubando a cobertura vegetal, liquidando a fauna, arruinando os povos da floresta e piorando o clima no mundo. São problemas graves, de resolução urgente.

Contrariamente aos inúteis bate-bocas das bolhas "ideológicas", são problemas que dependem da união da sociedade, sob os graves riscos de ser manietada pelos bandidos internacionais e de ver nossa nação rica minguar na devastação e na pilhagem de suas riquezas naturais. Pode parecer excesso de otimismo, mas a saída para os dois problemas, além da ideia-força de unir a sociedade para vencê-los, está desenhada pelo avanço da ciência e da tecnologia.

A Polícia Federal, por exemplo, passou a usar a tecnologia de ponta do superlaboratório Sirius para identificar o DNA do ouro e verificar se foi extraído ilegalmente. É a tecnologia do acelerador de partículas combatendo a extração criminosa de metais. A "carteira de identidade" do ouro é um importante fator de combate a um dos piores crimes cometidos na floresta, ao redor do qual estão atrelados os demais.

Polarizações

Nas capitais da região Norte já estão estabelecidas algumas polarizações iniciais para o pleito 2024. Em Rio Branco, envolvendo o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB) com o atual prefeito Tião Bocalon (PL). Em Manaus, a capital mais populosa da Amazonia, está prevista uma dura batalha entre o atual prefeito Davi e o deputado federal Arnon. Em Porto Velho, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) e o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos).

Ainda o ICMS

Como se recorda foi uma briga danada em Rondônia para o governador Marcos Rocha (União Brasil) aumentar o percentual de cobrança do ICMS para 19,5% no estado, obrigado a essa desgastante medida em vista de receitas perdidas durante os anos da pandemia. Agora foi a vez do Rio Grande do Sul, com o governador Eduardo Leite aumentando o tributo para os gaúchos de 17% para 19%, fazendo praticamente o mesmo arrazoado de Rocha. Outros estados também já aplicaram o reajuste e outros estão a caminho.

Apoio disputado

Os quase 10 postulantes ao Prédio do Relógio, sede do governo de Porto Velho, se voltam agora a buscar o apoio da deputada federal Cristiane Lopes, que polarizou o pleito passado com Hildon Chaves. Ela tem grande influência no eleitorado conservador bolsonarista e no segmento evangélico. Até agora a parlamentar que também era cotada para disputar o Paço Municipal, não se pronunciou a respeito da sua participação nas eleições deste ano e assevera que antes de qualquer decisão vai consultar suas bases eleitorais.

Via direta

Este final de Inverno amazônico que decreta o encerramento da estação das chuvas na região, veio para valer, atingindo principalmente os bairros da zona leste, a região mais populosa de Porto Velho.

Também reflete na popularidade do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha. Mas nada que não possa ser recuperado no verão quando o ritmo de obras municipais e estaduais segue seu curso normal.

As convenções vão chegando e aumentam os balões de ensaio das candidaturas à Prefeitura de Porto Velho.

Mas na medida em que os candidatos mostrem força terão mais chances de negociar alianças para a eleição de outubro.

A menos de três meses do início das convenções municipais e a cinco das eleições o quadro político na capital segue cinzento, nublado como nas "friagens" da época.


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